Na manhã de uma quinta-feira totalmente descompromissada e aparentemente cinza, uma alma simples, vestida de uma mulher de mais de 50 anos, com as mãos calejadas de tanto limpar casas que não são suas, de sorriso fácil e boa vontade extrema, vem te dizer verdades tão simples, já ouvidas tantas vezes em músicas e bocas diversas, mas que certamente nunca mais serão esquecidas por estarem carregadas de mais de 50 anos de verdade.
“A vida é
curta.”
“Cuide do
seu filho e do seu marido.”
“Arrume
tempo para aproveitar com a sua família.”
Ao se
permitir aconselhar alguém as lágrimas lhe vêm aos olhos. Eu pergunto porque o
choro e ela simplesmente responde: “Porque ver o amor me emociona.”
Depois de
cinco minutos de palavras trocadas, a mesma quinta-feira
muda de cor e me propõe, através dessa alma simples, mas de gestos tão nobres,
recomeçar.
É sempre
possível recomeçar.
Recomeçar não é assumir que o até agora estava errado.
Recomeçar e se propor a ser e fazer diferente aquilo que pode ser ainda melhor.
Recomeçar é um exercício de maturidade.
Fran, obrigada por estar por perto...