sábado, 1 de novembro de 2014

De passagem

 
 


Na manhã de uma quinta-feira totalmente descompromissada e aparentemente cinza, uma alma simples, vestida de uma mulher de mais de 50 anos, com as mãos calejadas de tanto limpar casas que não são suas, de sorriso fácil e boa vontade extrema, vem te dizer verdades tão simples, já ouvidas tantas vezes em músicas e bocas diversas, mas que certamente nunca mais serão esquecidas por estarem carregadas de mais de 50 anos de verdade.

“A vida é curta.”

“Cuide do seu filho e do seu marido.”

“Arrume tempo para aproveitar com a sua família.”

Ao se permitir aconselhar alguém as lágrimas lhe vêm aos olhos. Eu pergunto porque o choro e ela simplesmente responde: “Porque ver o amor me emociona.”

Depois de cinco minutos de palavras trocadas, a mesma quinta-feira muda de cor e me propõe, através dessa alma simples, mas de gestos tão nobres, recomeçar.

É sempre possível recomeçar.
Recomeçar não é assumir que o até agora estava errado.
Recomeçar e se propor a ser e fazer diferente aquilo que pode ser ainda melhor.
Recomeçar é um exercício de maturidade.
 
Fran, obrigada por estar por perto...

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