segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ilegal - A vida não espera

 
 


"No início do ano passado, a Anvisa reteve uma remessa de óleo de cânhamo na alfândega.  O medicamento, considerado suplemento alimentar nos Estados Unidos, era importado por Kathiele Fischer, mãe de Anny, de 5 anos, que sofre de uma forma de epilepsia grave, a síndrome CDKL5. Até 2013, a menina sofria com crises convulsivas que chegavam a ocorrer de duas em duas horas, sem que os medicamentos usuais para epilepsia tivesse efeito. Com o uso do óleo produzido a partir do caule da planta Cannabis sativa, a maconha, rico em uma substância chamada canabidiol, suas crises foram reduzidas a zero.

O documentário Ilegal acompanha a trajetória de Kathiele na luta para conseguir o remédio da filha: o desafio exigiu uma liminar judicial, acompanhada de um relatório médico sobre os progressos de Anny e um dossiê com estudos já realizados com o canabidiol, um dos 70 fitocanabinóides presentes na maconha.

O filme faz parte da campanha REPENSE, que busca incentivar o debate sobre o uso medicinal da cannabis. Dirigida pelo documentarista Raphael Erichsen e o jornalista Tarso Araújo, autor do livro Almanaque das drogas, a obra conta ainda histórias de outras famílias que também dependem de substâncias derivadas da maconha para tratar outros tipos graves de epilepsia, dor crônica e para amenizar efeitos colaterais da quimioterapia".

Recentemente este mesmo documentário foi veiculado no canal GNT (e continua disponível no NOW para quem é assinante NET).

A utilização da maconha para fins medicinais é um assunto sobre o qual eu não tinha uma opinião formada, justamente por não conhecer o tema e não ter proximidade com pessoas que se beneficiam desse tipo de tratamento.

Me permitir assistir a esse documentário rico em informações e emoções, trouxe à minha percepção o tamanho da ignorância do povo brasileiro sobre o assunto (onde eu me incluí até então). Por diversas questões financeiras e políticas (acredito eu!), esse tipo de substância não é liberada no país, é tratada como ilegal.

O documentário mostra a luta de familiares que fazem o possível (legalmente ou não) para trazer mais qualidade de vida para àqueles que amam. É triste perceber (e difícil aceitar) que um país inteiro seja privado de um tratamento médico com uma substância que já demonstrou seus benefícios.

Eu sou mãe, mas graças à Deus o meu filho é perfeitamente saudável, o que não me obrigou a uma descoberta antecipada sobre o tema, porém eu me solidarizo com todas as famílias que enfrentam dificuldades na importação desses medicamentos, pois o documentário nos ajuda a entender um pouco o dia-a-dia dessas pessoas.

Se você tiver a oportunidade de assistir ao documentário e formar sua opinião (se ainda não a tem), assista! Fez uma enorme diferença para mim e tenho certeza que fará também para você. Discuta o tema, converse com seus familiares e amigos, divulgue.

Temos que acabar com a ignorância sobre o tema e disseminar conhecimento.

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