segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Paradoxo do Nosso Tempo


Bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver.
Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma.
Dominamos o átomo, mas não nosso preconceito.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos.
Planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e, não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do fast-food e da digestão lenta.
Do homem grande de caráter pequeno.
Lucros acentuados e relações vazias.

Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar: delete.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer eu te amo à seu(ua) companheiro(a) e às pessoas que ama mas, em primeiro lugar, ame... ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

[George Carlin]

Um comentário:

Dyane Priscila disse...

"Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores."

Texto incrível, com passagens perfeitas.

Onde deixamos nosso corações, armazenados, adiamos o amor, planejamos a felicidade, esqueçemos que hoje estamos, somos mas amanhã, ninguém sabe o que será, e se será, para si ou para quem ama.
Aguardamos o tempo inexato de falar o que pensamos, e de sentir o que ouvimos.
Passo longe de quem amo, desejando, amar mais e amar perto, ao pé do ouvido. Dando o abraço que cura, o beijo que ilumina, o carinho que reaviva.
Quero um novo tempo, onde sejamos mais de nós mesmo, menos dinheiro e mais visceras, sentimento-sentimento e sentimento.
Quero fazer tudo isso ao menos com o meu tempo.


Perfeito.
Beijos