quinta-feira, 14 de maio de 2009

Eu por Clarice Lispector


Eu, que jamais me habituarei a mim
Queria que o mundo não me escandalizasse
O que eu sinto eu não ajo
O que ajo não penso
O que penso não sinto
Do que sei sou ignorante
Do que sinto não ignoro
Não me entendo e ajo como se me entendesse

[Clarice Lispector]

3 comentários:

Nelson Tetti disse...

Tanta coisa eu queria ter dito, feito, tocado... mas...

Dyane Priscila disse...

Lispector, por Dyane.

Exatidão, inexata, breves e longas armadilhas em palavras.

Dentro de si um mundo, em seu rosto absurdo mistério, uma incógnita clássica.

Do amor falou tudo,
sobre paixões variávis formas, deu ao seu conteúdo,vírgulas, espaços e pontos.

Clarice clareou o mundo, fez de sua vóz, um grito sobre tudo.

Ouvidos atentos, olhares sedentos,
devorada ao ser lida, Clarice, amada Clarice, eterna e bendita.


Sou fã incondicional!
Belo post!
Beijos

Olivia disse...

amo Clarice