segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vênus de Milo


Ele pensa no amor que a dedica e a espera ansiosamente
Constrói sonhos, tem desejos e planos que somente serão possíveis a dois
Ele espera receber um sorriso, um abraço fraterno e confidências de saudades
Espera seus cuidados, seus carinhos, reciprocidade
Ele espera...
Ela chega com o mesmo olhar sem brilho de todos os dias
Ela está cansada e comenta ter tido um dia difícil
Mas o mais difícil é o desejo de ocupar outro lugar
De todas as vontade, ele verbaliza apenas o desejo do abraço
Algo para se contentar, acalmar o coração e a alma
Mas, por mais que ela queira, que ela tente, não o pode alcançar.

Um comentário:

Unknown disse...

Vênus de milo traduz fora do mármore uma mulher amputada pela insuficiência maculisna em compreender a interioridade e a exterioridade feminina. Nessa lógica de castração, o homem assume uma natureza draconiana e devora o aspecto meigo, doce e cristalino do ser feminino. Sendo assim, observamos um mundo onde as mulheres se invergam sobre si mesma para realizar malarismos/contorcionismo com seus pensamentos numa cama de orquídeas secas e ásperas.
O toque de classe de todas as Vênus se manifesta quando ela convida o homem para interpretar algo raro, mas simultaneamente comum: O prazer dos olhos nega o prazer do corpo.Esse é o enígma da alma e da libido!
O homem que descifrar esse delírio amoroso conhecerá num único mergulho a mulher que escolheu como companheira, caso contrário terá apenas um aspecto de mulher modernista.